Podem as narrativas fomentar, de modo sistemático, a empatia? Em seu sensível e ponderado Empatia, intersubjetividade e compreensão narrativa: Lendo as histórias, lendo as vidas (dos outros), a estudiosa da narrativa Andreea Deciu Ritivoi defende que sim. Em uma sofisticada aproximação com a hermenêutica, com a filosofia política e com a psicologia, a autora argumenta que tramas bem desenvolvidas são capazes de desafiar seus leitores a reconstruir experiências desconhecidas e a ampliar seus horizontes - levando-os a colocar a si mesmos na situação dos outros, junto com eles, em vez de se manter à distância, na qualidade de espectadores. Para Ritivoi, criar repertórios narrativos que forneçam lições de empatia é uma forma de fazer política.