A existência, ou a insistência, a resistência das comunidades rurais (do campo) em defesa da escola para as suas populações são imprescindíveis em termos civilizacionais. A reestruturação das escolas para as pessoas que habitam no meio rural pode contribuir para a constituição de uma nova ruralidade em tempos de globalização, considerando sempre a sua imbricação e indissociabilidade ao universo maior, a sociedade capitalista. A educação para as populações rurais (do campo) deve consubstanciar firme resistência à expansão da urbanização e à exclusiva mercadorização do resultado da produção agrícola e pecuária. A educação rural (do campo) deve ser concebida imprescindivelmente como processo de educação permanente, compatibilizado com um processo lato e multiforme de socialização que possa reunir experiências e processos deliberados e não deliberados da ação educativa, intrínseco da relação com o conhecimento. A educação, a escola e a formação escolar no meio rural (campo) se manterão vivas enquanto existir a necessidade da disponibilização dos meios para a subsistência da humanidade, visto que as produções agrícola e pecuária constituem as bases para o desenvolvimento socioeconômico e a satisfação das necessidades imediatas da população mundial, bem como para o equilíbrio territorial, valorização e revitalização do campo.