Como o pharmakon grego (remédio e veneno), o medo é ambivalente: por um lado, liga o alerta vital; por outro, pode ultrapassar uma linha tênue e tornar-se um veneno mortal. Relendo textos de Poe, Kafka, Lispector, Deleuze, Nietzsche, dentre outros, alianças vitais com esse afeto podem ser tecidas, convertendo-o por fim em alegria trágica. Estar à altura do medo, em um confronto face a face com o destino: tal é a aposta maior deste livro.