'''''Este livro trata dos últimos doze anos da política brasileira, cujos principais protagonistas - FHC e Lula - cumpriram um imprevisto projeto de aproximação em aspectos decisivos da agenda nacional.Em sua análise, Werneck Vianna também sugere o que há de inesperado no resultado desse processo: a retórica de ruptura com o passado, que dominou tanto o discurso do PSDB como o do PT, vê-se agora contestada pela ressurgência dos temas e valores que animaram os anos 1950/60, tal como se constata na produção cultural recente. Reunindo artigos publicados em revistas universitárias e na grande imprensa, o autor refaz o dia-a-dia de uma década decisiva para a república brasileira, sem deixar de procurar sondar os caminhos possíveis para a sua democratização.O autor publicou sua primeira coletânea deste tipo, de análises de conjuntura, há 23 anos. Naquela época, a palavra ''''democracia'''', se falada no lugar ou na ocasião errada, ainda atiçava instintos repressores, embora o anúncio de uma abertura já tivesse vindo anos antes. É curioso perceber que um dos personagens principais das análises encontradas neste livro também estava lá, nas observações do começo dos anos 1980. Dos caminhos alternativos e combativos da políticanacional saiu essa figura, para hoje ocupar o palco principal do aparato democrático-institucional brasileiro. O leitor tem em mãos, portanto, o trabalho de um analista pertinente e estudioso histórico de seus personagens.Sobre o autor: Luiz WerneckVianna é professor e pesquisador do IUPERJ, Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, coordenador do Centro de Estudos de Direito e Sociedade (Cedes), e ex-presidente da ANPOCS, Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais. Autor de vários livros entre os quais ''''A revolução passiva -Iberismo e americanismo no Brasil'''', ''''Corpo e alma da magistratura brasileira'''' e ''''A judicialização da política e das relações sociais'''', ambos editados pela Editora Revan e escritos em parceria com outros autores.''''''