O ser humano, enquanto sujeito cognoscente, emana impulsos assimiladores - afetivo, relacional e cognitivo - fronte aos estímulos do meio cósmico e social. É, pois, na dinâmica de angústias, esperanças ou desejos, que o homem busca dar sentido à vida por meio de fabulações, histórias e narrativas repletas de constelações simbólicas, formando os mitos que, por sua vez, atribuem valor e sentido às ideologias, às religiões, aos pensamentos filosóficos e à própria história de grupos sociais, comunidades e sociedades. Por sua vez, os textos literários, prenhes de riqueza simbólico-arquetípica, funcionam como uma espécie de portal para a psique coletiva. As possibilidades de análise da literatura por meio da hermenêutica simbólica podem levar ao arsenal mítico greco-latino, como o mito de Narciso. Nesta obra, por meio do eixo central imaginário e literatura, cujas metáforas agigantam a semântica responsável pela constituição de símbolos e mitos em um leque de temáticas bastante diversificado, a poética em análise trata de revelar mensagens repletas de significados para o cotidiano.