A morte que vem de fora não precisa ser entendida. A morte do suicida é diferente, é gesto que nasce dentro, último acorde de uma melodia que vinha sendo preparada no silêncio do seu ser. O profissional ativa acuidade perceptiva para silêncios - música inaudível -, palavras inexistentes buscadas por emoções sem sentido. O suicida elimina a dor destruindo os mensageiros - corpo e mente - sem saber que deixará de existir. O profissional de saúde mental identifica o não sabido a partir do conhecimento sobre si mesmo, condição para tornar criativo o indispensável saber científico. As reflexões desenvolvidas neste livro visam estimular a busca de significado para vidas que o perderam.