"O não-tempo impõe ao tempo a tirania da sua espacialidade: em todas as vidas, há um norte e um sul, e o oriente e o ocidente. No ponto mais extremo, ou, pelo menos, no cruzamento, é a enfiada das estações sobrevoadas, a luta desigual da vida e da morte, do fervor e da lucidez, talvez até mesmo a do desespero e da nova queda, a força também de olhar sempre o amanhã. Assim vai toda e qualquer vida. Assim vai este livro, entre sol e sombra, entre montanha e mangue, no crepúsculo quando não se distinguem cão e lobo, claudicando e binário.Tempo também de dar cabo de algumas fantasias e alguns fantasmas".