A autora extrai das próprias experiências a matéria-prima para suas sensíveis reflexões a respeito da turbulenta relação entre a moderna prática médica e a carga emocional que cerca o fim de uma pessoa. Do primeiro cadáver dissecado nas aulas de anatomia até a impotência diante da enfermidade de uma tia querida, do primeiro óbito visto numa sala de emergência ao remorso de não ter dado a devida atenção a um paciente conhecido, durante sua longa agonia no leito do hospital, cada lembrança resgatada por Pauline vem acompanhada de observações certeiras a respeito das razões do despreparo generalizado dos médicos diante de pacientes terminais.