A inscrição do projeto liberal no país em plena vigência do regime escravocrata possibilitou o estabelecimento de todo um aparato jurídico e institucional dissociado da experiência e da vivência da maioria dos brasileiros. Esse contexto orienta o entrelaçamento de normas gerais e impessoais com relações familiares e de amizade, a constituição da rede social nacional. A experiência da lei e a lei da experiência: ensaios sobre práticas sociais e subjetividades no Brasil faz uma análise dos sentidos atribuídos pelos brasileiros ao princípio da igualdade e à experiência com a lei, bem como das subjetividades que estariam sendo produzidas nesse contexto. O livro aponta o fato de que os brasileiros demandam o princípio da igualdade, estando ademanda pela lei associada a uma específica economia moral na qual as práticas sociais funcionam como locus de vivência e de elaboração das leis.