Neste fascículo discutiremos sobre as armadilhas do amor romântico e as dificuldadesde manter a monogamia em relações duradouras. Algumas das armadilhas destemodo de amar dizem respeito a ideia de exclusividade do par. Se o envolvimentoé intenso everdadeiro, não há como ter espaço para um terceiro, sustenta asabedoria popular, mas a lógica não faz parte do caótico mundo emocional. Há umaduplicidade na experiência da vontade. De um lado, a necessidade de segurança,previsibilidade, proteçãoe confiança. Queremos um lar! De outro, a busca pelaaventura, pelo desconhecido, pela surpresa. Queremos viajar! Homens e mulheresencenam dia-a-dia o drama mítico de Penélope e Ulisses, enrolados nos desejos depermanecer na relação e na fantasiade ter novos(as) parceiros(as). Poder partir epoder retornar. Ou permanecer sempre na espera. Portanto, precisamos aprendera falar sobre ciúmes e infidelidade sem os pudores da tradição burguesa.