Em cada esquina de grande cidade brasileira, existe um Mefistófeles entregando papeizinhos, aliciando pessoas para as maravilhas de Favelost. Em cada esquina digital da web, existe um Mefistófeles aliciando pessoas para Favelost. Eles caçam quem sofre de insatisfação crônica, ambição vaga, mas violenta, náufragos existenciais ou gente muito bem-sucedida. Todos a fim de alguma coisa mais excitante que as suas vidinhas losers, abastadas ou simplesmente remediadas. Muitos estão cansados de serem exemplos piegas de superação. Essa turma é a prova cabal de que existem fomes de viver impossíveis de serem saciadas pelas promessas de felicidade à disposição nas atuais gincanas sociais. A verdade é que não tem democracia, nem conquista humanista, nem um fundo de conforto social de tradição assim gregária ou bem-estar de sociedade equilibrada que segure, obstrua ou camufle a estranha luz que emana da eterna indagação de Mefistófeles: "Tá tudo bem mesmo ou tem alguma ambição, inquietação, enjaulada no teu coração?". Para essas pessoas, e são muitas, o mundo não é o bastante. Ser humano não é o bastante, e Favelost é a terrivel e excitante válvula de escape.