A vida é um labirinto cheio de perigos. Para atravessá-lo com segurança, precisamos agarrar-nos a um guia, um fio condutor indestrutível e infindável: eis o papel da literatura, como o autor o concebe.Rafael Ruiz, em seu livro "O fio de Ariadne", procura olhar para a literatura como um caminho que leva o ser humano à plena realização, ou seja, é um trajeto que humaniza o ser humano. Afinal, todos nascemos pessoas, mas quantos não se desumanizam ao percorrer estradas tortuosas? Se tornam como oMinotauro: parece um homem, mas não pensa nem sente como um.Nas palavras do autor, este livro funciona como um mapa que nos leva "em busca do humano". Este mapa guia-nos através de histórias já muito conhecidas, apontando-nos as armadilhas e os tesouros do coração humano. Ulisses, El Cid, e os personagens de "O Senhor dos Anéis" viajam e regressam conosco, transformados. Frankenstein e os homens de Dostoiévski viajam, mas nunca retornam, ficam nos arredores da Fogueira das Vaidades. Wilhem Meister, de Goethe, perde-se numa densa floresta. E nós?..."Espero, sinceramente o espero, que cada um dos que me venham a ler sinta, como Teseu, a força e o calor deste fio que amarra cada um dos nossos corações de todos aqueles que alguma vez deixaram-se encantar pela Literatura".