Além de romancista, cronista e guardiã da cultura popular, Ruth Guimarães foi, sobretudo, poeta. Em Folhas soltas, revelam-se os versos que ela escreveu em silêncio, poemas de amor, de memória e de mistério, guardados por décadas em papéis datilografados, entre versões e rasuras.Reunidos agora pela primeira vez, esses textos traçam o retrato íntimo de uma mulher inteira: a menina que escreveu para os avós, a amante que ofereceu cantigas ao marido, a pensadora que rezava com o silêncio.Com lirismo e coragem, Ruth transforma a palavra em espelho de si mesma - e o leitor em cúmplice de sua travessia. Cada poema é uma folha que se desprende e flutua, livre, entre a carne e o sonho, entre a terra e o sagrado.