Francisco João de Azevedo e a invenção da máquina de escrever: o livro apresenta a pesquisa do autor, e mostra que desde a invenção da escrita, a humanidade utilizou diferentes materiais e ins- trumentos para a fixação da palavra. A máquina de escrever foi um desses instrumentos, precedida pelo estilete, o cálamo, o pin- cel, a pena de ave e o lápis. O invento, também chamado de máquina datilográfica, revolucionou o mundo ao mecanizar a escrita e gerar novas indústrias e empregos. A datilografia diminuiu conside- ravelmente o tempo e o esforço antes despendidos na elaboração de manuscritos, favoreceu a pro- dução documental e impulsionou a comunicação. As primeiras tentativas de escrita mecânica resul- taram em aparelhos muito diferentes entre si. A industrialização dessas máquinas começou apenas em 1873, nos Estados Unidos, e o constante aperfeiçoamento e padronização dos diversos modelos surgidos marcou um período im- portante na história da tecnologia. As máquinas de escrever elétricas, compactas e extremamente práticas, popularizaram-se tanto que se tornaram indispensáveis nos escritórios. Hoje, as máquinas de escrever viraram peça de museu; ficaram obsoletas no final do século vinte, com o advento e o barateamento dos microcomputadores. Representaram, no entanto, a solu- ção de um dos maiores desafios tecnológicos da humanidade: a mecanização da escrita, problema ao qual se dedicaram muitos inventores, inclusive um brasileiro, o padre paraibano Francisco João de Azevedo (1814-1880), que recebeu, em 1861, pela invenção de uma máquina taquigráfica, uma medalha de ouro das mãos do imperador d. Pedro II (1825-1891).