Como é apaixonante o tema Fraude, quem nela trabalha vira um contador de histórias. Mergulhando no tempo volto as anos 70, quando falar em seguros no Brasil, era para um público seleto, mas já com perspectivas de crescimento. O mercado começava a conhecer os primeiros passos da fraude, no automóvel, no transporte, nos riscos residenciais, no incêndio, no all risks, enfim todas modalidades já eram visitadas pelos inimigos do alheio. Para combatê-las poucos prestadores Vergilio Robilotti, Dr.Natham, Negrini e Covizzi; o primeiro especializado em Vida, o segundo clínico geral e a dupla dinâmica em transportes e incêndio, daí nosso acesso ao mercado, até a criação da Azzolini Reguladora, nos anos 80. O interessante é que sempre comento em palestras, a cada dia conhecíamos novas modalidades de fraudes e na época gerava um quebra-cabeça para desvendar as novidades de imaginação de segurados incautos. Surgiam os doublés de veículos, a quem atribuo como pioneiros os ladrões de cargas, montagem de sinistros e simulação de colisões, mortos-vivos, incêndios provocados, quedas de aeronaves simuladas e naufrágios. Para combater tão ambiciosos crimes fomos obrigados primeiramente a formar equipes especializadas contando com valiosa contribuição de Armando Marquesini, Odair Castro, Vicente e Antonio Trauzzola no gerenciamento de cerca de 80 agentes, que espalhávamos pelo Brasil. A cada caso elucidado éramos tomados de tanta alegria, nos reuníamos todos finais de semana, colocando à par nossos agentes das novas conquistas. Tínhamos vários policiais na equipe, que traziam o conhecimento e habilidade profissional, dentre eles o Valter Manteiga, Odair Peron, Otides Gonçalves, Silvio Fotógrafo, Odair Resende, Gustavo, o famoso Gugu e Allan, com menção honrosa ao meu grande companheiro Rogério Coelho, do Rio de Janeiro. A fraude foi no século XX motivos de insônias para vários dirigentes ou donos de seguradoras, muito dos quais convivi diretamente, sempre à cata dos famigerados fraudadores. Com o advento do século XXI tivemos o aprimoramento desses verdadeiros perseguidores do dinheiro fácil, surgindo quadrilhas especializadas e o crime organizado. Mas não devemos deixar de mencionar que a Fraude é um crime Mundial, e países que tem vizinhos pobres, sofrem com travessias de veículos roubados ou vendidos por segurados, caso típico do Brasil, Estados Unidos, com países europeus e o leste de seu continente, inclusive com o Estado de Israel, que sofre com se