Este livro verbaliza que a maternidade, tão desejada, celebrada e na qual Tayná mergulhou de forma tão intensa é no fundo o principal grilhão que aprisiona as mulheres. É o resultado de anos de reflexões para escancarar o quanto a culpa, alimentada pelo mito do amor materno, é o elemento que sustenta toda desigualdade de gênero que se tenta combater seja nas ruas ou no mercado de trabalho.Tayná acredita que, enquanto as mulheres não desmistificarem a ideia desse amor instintivo e o processo de culpa alimentado por ele nunca serão verdadeiramente livres.Essa desconstrução, porém, não pode ser feita de forma irresponsável e às custas da saúde de mulheres, bebês e crianças em um processo de não responsabilidade pelas nossas ações e escolhas e, muito menos, sem trazer os demais responsáveis para a discussão.