Décima quinta obra do jornalista mineiro, a segunda pela Topbooks, "Helô" fecha uma trilogia em que os livros estão sempre permeando as histórias. Aqui, o protagonista, empresário setentão, apaixonado por jovem e bela executiva que conheceu em suas caminhadas pelo parque do Flamengo, anota num diário sua vida doméstica e as relações com os vizinhos, enquanto enfrenta uma série de restrições sociais impostas pela pandemia da Covid. E nessa escrita ele se sente o próprio Conselheiro Ayres, personagem de Machado de Assis. Como disse José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, "livros fazem parte do enredo de todos os livros de Pedro Rogério"; e nesse - que o próprio autor considera uma telenovela das sete - "a paisagem em que a paixão se desenrola é machadiana: os bairros do Flamengo e Catete percorridos pelo Conselheiro Ayres no derradeiro romance do maior escritor brasileiro de todos os tempos".