Não existe democracia sem imprensa livre, como bem sabemos. Mas como foi forjada a imprensa brasileira? Como funcionavam as redações, quais principais desafios para sobreviver, qual motivação de seus proprietários e sua relação com o poder? Com um trabalho primoroso de pesquisa, o jornalista Matías M. Molina nos traz o dia a dia e a análise dos jornais lançados no Rio de Janeiro de 1840 até 1930. Marco mais notável da imprensa brasileira, os periódicos do Rio surgidos nesse período foram os que mais se destacaram no país. Os jornais aqui retratados são:O Brasil, Correio Mercantil, Gazeta de Notícias, A Notícia, Cidade do Rio, O Paiz, Jornal do Brasil, Correio da Manhã, A Noite, O Imparcial, O Jornal, A Manhã, Crítica, Diário Carioca e Diário de Notícias "Ao longo deste livro mergulhamos nos detalhes de matérias, analisamos a forma com que os fatos mais importantes do país foram editados em cada publicação, conhecemos a trajetória de personagens que ajudam a explicar a importância de jornais para a sociedade - como a atuação dos abolicionistas durante o Segundo Reinado. Molina nos fornece os elementos necessários para que possamos entender a que propósitos cada jornal servia, e como essas publicações evoluíram ao longo dos anos e décadas. É evidente o seu esforço em mostrar aos leitores quais os interesses políticos, econômicos e/ou de outras naturezas que estavam por trás das notícias, das negociações envolvendo empresas jornalísticas. Com seu olhar de jornalista experiente, Molina constrói o texto de modo a nos imergir no contexto retratado, descrevendo cronologicamente a evolução dos jornais mais importantes, suas peculiaridades, os embates que envolveram a redação e a atuação de seus donos até o fim da publicação." - Célia de Gouvêa FrancoEsta obra foi publicada com o apoio do Núcleo Celso Pinto de Jornalismo do Insper.