Quais são os nossos NÓS? Uso conscientemente a ambiguidade para remeter à leitura deste livraço - grande e potente - que o Caro Leitor e que a Cara Leitora têm em mãos. Somos/não somos americanos!?A remissão às nossas ancestralidades linguísticas e/ou territoriais resolve tanto quanto dizer que somos todos hispânicos - como queriam Pedro H. Ureña e, num certo sentido, Gilberto Freyre. Não são poucos os NÓS construídos a serem conhecidos, entendidos e, por que não, desatados. Um deles, longamente debatido neste livro, são aqueles próprios à disciplina que nosotros praticamos - a história da educação -, ela também pródiga em fabricar NÓS, não poucas vezes de forma tão artificial quanto aqueles (nós) que quer denunciar e combater. O conjunto do livro dá corda a imaginações e, não poucas vezes, mais aperta os NÓS do que os desata. Mas trazer conforto não é propriamente o objetivo das Ciências Humanas e da História, em particular, que insistem em lembrar e nomear aquilo que se quer esquecer. Nisso, sem dúvida, este livro é pródigo, e esta é uma de suas principais qualidades.