Ensaios críticos breves sobre temas contemporâneos, explicando e analisando argumentos de nossa atualidade, e ainda respondendo a provocações (quando não, destemidamente, provocando). Este é o novo livro de Dirce Waltrick do Amarante, que começa (justamente) com os críticos que, em particular no Brasil, têm medo do ódio que porventura suscita dizer a verdade no meio de uma sociedade hostil.Qualquer ideia dissonante é forte candidata à "lacração", especialmente se põe o dedo na ferida de alguma personalidade "badalada", distinta "e até mesmo inteligente", mas que, quando pega na caneta, só escrevinha polêmicas vazias, "isso ou aquilo", ou o que todo mundo já sabe. Mas qual é o papel do autor, do editor, do pós-crítico, do pós-dramático, dos prêmios literários, da reforma ortográfica, da história viva, do paradoxo, do diálogo, da "literacia" familiar...?Isso sem falar do "lugar de fala", (do descompasso) da literatura infantil, da "colonização" etc. E o que dizer do feminismo (transtorno mental?) e do machismo (a máquina de matar tem nome?) ...Last but not least, é possível fazer nascer um leitor nesse domínio das redes e da falsa normalidade da IA? Dirce não se intimida: seus argumentos e seus autores são tratados com desenvoltura e humor, o que torna a leitura de seu livro, além de muito oportuna, também seminal e instigante..Dirce Waltrick do Amarante é ensaísta, tradutora e escritora. Professora do Curso de Artes Cênicas da UFSC e do Curso de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (UFSC). Tem livros publicados na área de tradução, teoria literária, teatro e literatura infantil e juvenil. Coedita a Revista de Arte e Cultura "Qorpus" (ISSN 2237-0617). Vice-líder do grupo de pesquisa Estudos Joycianos no Brasil. É membro do Núcleo de Pesquisa de Estudos sobre Samuel Beckett (USP). Coorganiza o Bloomsday de Fpolis desde 2002. Colabora em jornais e revistas de circulação nacional.