Nesta obra, Michel de Certeau propõe uma teoria inovadora sobre as práticas cotidianas, revelando como os atos aparentemente banais do dia a dia escondem uma complexa rede de significados e resistências. Ele busca, em meio aos ruídos da vida cotidiana, identificar as "artes de fazer" - estratégias e táticas dos indivíduos comuns que, longe de serem meras inércias, desafiam e reconfiguram as estruturas dominantes da produção sociocultural. Juntos, os dois volumes destacam a "ciência prática do singular", admirando com respeito e ternura a inventividade das pessoas comuns, que transformam os espaços público e privado em "lugares de vida possível".