Um dia, na distante Lorena, numa aldeia chamada Domrémy, por volta do meio-dia, Joana, então com doze anos e meio, está no jardim da casa de seu pai, ao lado da igreja. De repente, ouve seu nome pronunciado distintamente. Ela imediatamente se vira em direção à igreja. Uma grande claridade a envolve e ela ouve uma voz que lhe diz: "Joana, Joana, sê boa e piedosa, ama a Deus, vai à igreja!". Caindo de joelhos, imediatamente ela consagra-se a Deus, fazendo voto de virgindade. Daquele momento em diante, o Arcanjo São Miguel e as santas virgens e mártires Catarina e Margarida lhe aparecem com frequência até que um dia, ela tem por volta de dezessete anos, lhe dizem: "Há grande sofrimento no reino da França", e "Filha de Deus, vai para a França, tu deves!". Ela responde chorando: "Sou apenas uma pobre moça, não conheço nem A nem B. Não sei montar a cavalo, nem manejar uma lança, nem fazer guerra!" Era tudo verdade, mas ela foi e convenceu o rei e entrou vitoriosa em Orléans e levou o rei a Reims e assistiu com seu estandarte, no lugar de honra, a coroação.