A obra trata da relação entre o KGB e sua hoste de sinistras organizações "afiliadas" pelas quais Moscou aterrorizou os Estados satélites abarcados por Stalin durante e depois da Segunda Guerra Mundial. O mundo todo já ouviu falar do KGB, mas pouco foi publicado sobre as organizações vinculadas. Compostas por cidadãos nacionais treinados em Moscou e monitorados de perto pelos "embaixadores" do KGB, os membros da UB polonesa, da StB checa, do AVH húngaro, da Securitate romena, da KDS búlgara e daStasi ultrastalinista da República Democrática Alemã reprimiram movimentos democráticos nos respectivos países por 40 anos. Detinham e prendiam sem julgamento todo aquele não alinhado com Moscou e com isso conquistavam a ira de seus compatriotas. Quando essas ações vieram à tona - na RDA em 1953, na Hungria em 1956 e na Tchecoslováquia em 1968 -, tropas e blindados russos esmagaram manifestantes desarmados. As "afiliadas" também empreenderam espionagem e assassínios em nome de Moscou na Grã-Bretanha e em outros países ocidentais, tais como a morte do desertor búlgaro Georgi Markov na ponte Waterloo, em 1978, além de contratarem assassinos profissionais, entre estes o sanguinário Carlos, o Chacal.