LÂMINAS DA BARBÁRIE contém quatro partes. Na primeira, Conquista, a autora desenvolve temas como o genocídio, a transformação do meio ambiente, a expropriação das terras indígenas, usando formas fixas como o soneto e o pantum. Neste, são registradas,com clareza cabralina, as mutações impostas ao cerrado, suas consequências para o ecossistema e seu impacto humano e cultural.Na segunda seção, Barbárie, trata do genocídio de povos indígenas, iniciado em 1500 e continuado até os dias atuais. Em uma das prosas, a autora nos remete à quase invisibilidade do massacre dos Akroá-Gamella, em timbre seco de crônica jornalística, como em algumas peças de Manuel Bandeira.Na terceira seção do livro, ela poetiza a saga dos Kurâ-Bakairi, povo indígenaque habita o cerrado de Mato Grosso.