Quantos produtos você já comprou sem motivo? Quantas coisas você quis muito mas depois de comprar, nunca usou? É comum parcelar suas compras? Não há salário suficiente para pagar tudo o que se compra, porém, se for dividido, sempre dá-se um jeito? Você já se sentiu frustrado por ter acabado de adquirir um produto que idealizou por um bom tempo e, poucos dias depois, foi lançado algo melhor? Essas e outras perguntas fazem parte da obra Liberdade do Consumidor na Sociedade Líquida de Hiperconsumo.Aliás, será que temos, mesmo, liberdade para comprar o que queremos, conforme nosso próprio gosto? Ou será que o mercado nos convence a ter e a querer sempre mais, sem que, de fato, queiramos? Essa é a sociedade de hiperconsumo, cuja visão é apresentada segundo os apontamentos de Gilles Lipovetsky. E como as relações pessoais se modificaram e se simplificaram? Estamos rodeados por uma multidão de pessoas no mundo virtual, contudo, no mundo real estamos cada dia mais sozinhos. É a modernidade líquida trazida de acordo com a visão de Zygmunt Bauman.Unir as duas visões, aparentemente sem conexão, foi a missão do autor, e o resultado foi apontar uma sociedade líquida de hiperconsumo em conceitos complementares e conexos. A obra ainda se propõe a ir além, ao questionar se o consumidor, nos dias de hoje, tem de fato liberdade e autonomia ou se tornou-se um refém do ter e do querer do hiperconsumo.Um livro de fácil compreensão, o leitor não precisa ser um filósofo para entender, porquea realidade da obra é o nosso cotidiano e você irá, continuamente, se identificar com ela. Aprenda sobre os dias de liquidez e como sair do ciclo de compras infinitas, sem deixar de adquirir de acordo com seu real gosto, e não com o interesse que lhederam, fomentaram e massificaram, através da publicidade contínua, das redes sociais, dos anúncios e dos digital influencers, novos operadores das tendências, sobretudo quando são remunerados para tanto e você nem sabe disso, na ditadura do modismocultural, ou, popularmente falando, seguindo a modinha da vez.