A criação poética em Lições do Acaso é testemunha e decorrência das dimensões filosóficas, políticas, afetivas e artísticas da vida de Menezes. Seu permanente envolvimento com a ciência e a educação sempre foram públicos, e isto transparece em sua obra. Com um olhar social que também ironiza o conformismo de teorias sociais, ele transita entre o mundo da ciência e o psíquico, acompanhado de um bem-humorado recuo ("Ser fresta olhando a sombra / me assombra / Desisto do analista / Sou escuridão demais para pouca pista"). Como sugere o autor, Lições do Acaso "traz sugestões para pensar o mundo e lidar com a vida".