Com efeito, o que se joga e se busca sob a égide do ódio pelo pai? Não o acesso ao gozo da mãe, mas a castração do pai como transmissão exigível de minha própria castração. Com efeito, se o pai não a transmite, só posso então endereçar-lhe a reprovação de ter-me feito mal; pois o ódio só se dirige aquele que está em posição exaltada de Criador e mestre e, se me considero, pois, mal feito, só pode ser culpa dele. Assim, está em jogo encontrar, sob a égide da articulação do ódio, o real da paternidade, ou seja, a castração, segundo a qual o Pai não se basta a si próprio, não se cria a lei como um Deus criador, mas está submetido à lei do desejo. E ele só representa e só sustenta esta lei na medida em que dela padece encontrando a causa de seudesejo fora dele nesta mulher, que chamo minha Mãe.
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