LIVRO DE ERROS

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    • 1
      Autor
      DAL FARRA, MARIA LUCIA Indisponível
    • 2
      Editora
      ILUMINURAS Indisponível
    • 3
      Páginas
      148 Indisponível
    • 4
      Edição
      1 - 2024 Indisponível
    • 5
      Ano
      2024 Indisponível
    • 6
      Origem
      NACIONAL Indisponível
    • 7
      Encadernação
      BROCHURA Indisponível
    • 8
      Dimensões
      14 x 21 x 1.2 Indisponível
    • 9
      ISBN
      9786555192216 Indisponível
    • 10
      Situação
      Sob Encomenda Indisponível
    • 11
      Data de lançamento
      08/08/2024 Indisponível
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     Maria Lúcia foi a minha professora de Literatura. Posso dizer que, sem ela, jamais teria me interessado por literatura portuguesa. Mas seria pouco: quando Maria Lúcia vinha pelo corredor, descalça, e então entrava na sala de aula a cantar e a girar como Isadora Duncan baixada no brejo -, vinha com ela um repelão de vento que fazia voar pelos ares toda a chatice do mundo escolar. Soava o aulós das antigas musas a decretar que, doravante, o tempo e a ordem não eram normais. Estávamos no domínio do enigma e nada mais era tonto ou tedioso, mas inteligente, selvagem e imprevisível. Caótico, não, mas ritual, secreto e feroz, de modo que a astúcia era tão convocada como a coragem. Quando leio os poemas de Maria Lúcia, essa mesma sensação revém, feliz e intata. No seu "Livro de Erros", o claro enigma da poesia está todo aí. No princípio, vale a lição clássica horaciana: labor limae et mora. Poesia racional, mas não sem emoção. Das palavras, demanda o escrutínio rigoroso do seu sistema de polinização, incluindo cores, espinhos, sem esquecer tumores. No meio do caminho, Maria Lúcia dispõe de seus poetas-guias, que aqui são sobretudo Lezama Lima, Eugénio de Andrade e, sempre, Herberto Helder, Florbela Espanca e Santa Teresa D'Ávila. Do Pessoa, só convoca Ricardo Reis, e com ele as retas razões dos sonetos e a nudez das sílabas. Há também os exibidos a despistar, os que fingem que poesia é vida e atravessam o ritmo, como Ana Cristina César, que Maria Lúcia tritura com elegância gourmet. A poesia de Maria Lúcia equivoca deliberadamente o erro, que não é apenas falha e engano, mas mudança acertada com a pressa do mundo e as várias vidas que precisam ser vividas. Mas nem tudo são filosofia natural, alquimia e poder. Também muito é perdido e dói, sem remissão: a fabulação do pai, a respiração da mãe coragem, os amigos-mariposas, as saudades de menina na casa agora vazia. Aqui a poesia bebe o veneno da melancolia, e sussurra: Ubi sunt? Por fim, na poesia investigativa de Maria Lúcia, o amálgama da razão e do afeto vem com o humor: a confissão de mau gosto, a irreverência da frase evasiva, o gosto do excesso e da bizarrice. A inteligência poética se encontra na contradição cômica. É quando a górgona topa com um homem no quarto escuro, e faz picadinho de sua carne paralisada. Alcir Pécora Maria Lúcia Dal Farra é paulista de Botucatu (14/10/1944, onde é patrona de cadeira na Academia Botucatuense de Letras) e tem cidadania sergipana

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