O ano é 1886, Maria Joaquina é criada dentro das muralhas de um convento, na árida paisagem do sertão baiano. Órfã de mãe e rejeitada pelo pai, a sua vida se resume à rotina da casa religiosa e seu único objetivo, é buscar o seu próprio caminho, foradali. Tudo muda quando um barco cruza o seu destino e uma carta chega às suas mãos. Ela se vê em meio a descobertas e sentimentos novos, ao se apaixonar pelo destemido Aristeu e saber a verdade sobre o seu pai Feliciano. Desejos e esperanças desabrocham e Maria Joaquina percebe que tem muito para descobrir sobre si mesma. Fora do convento, ela encara o medo e a insegurança diante da intolerante sociedade patriarcal do século XIX, onde os homens exercem total autoridade. De um lado, seu avô, Cel. Armando, a considera uma bastarda, indigna de carregar o nome da família. Do outro, o pai de Aristeu, a vê como inadequada e fora dos padrões para ser uma boa esposa. Quando o momento permite somente lutar ou calar, Maria Joaquina precisa decidir entre retornar ao silêncio do claustro ou conquistar seu espaço no mundo.