A narrativa de ''''Memórias de um Anão Gnóstico'''' começa com a descrição de uma cena de embrulhar o estômago: o Papa Leão X recebendo aplicações de salvas e ungüentos no traseiro. O narrador é um anão corcunda que tem por ofício a leitura em voz alta de textos de Santo Agostinho durante o ''''tratamento''''. O anão corcunda veio de família humilde, e já havia integrado um circo de aberrações, mas agora se movimenta nos mais altos círculos de santa velhacaria e sodomia. Este romance é, em essência, uma grande travessura, mas também é extremamente erudito. Ele oferece uma visão escatológica e sangrenta do Renascimento, que é grotesca, suculenta e obscena.