Felipe Greco sabe contar os segredos grudados no asfalto da cidade grande ou grafitados nas paredes. Assim é a história de Xexéu, comovente porque é a mesma de tantos outros que caem em um mundo que pode ser grande e muito bonito, mas também pode ficar pequeno, do tamanho de uma cela ou de uma gaveta no necrotério, como diz Débora, uma personagem que também caminha por esses labirintos. Xexéu quer se livrar das lembranças para poder andar mais depressa. Nunca consegue. Tal qual uma mosca, vai se enredando em todo tipo de teia até, como ele mesmo sabe, virar papa de aranha.Com tradução lançada simultaneamente pela casa mexicana Ediciones Perféricas (EP), a segunda edição brasileira dessa obra infantojuvenil foi revista, atualizada conformeo Novo Acordo Ortográfico e apresenta ilustrações (tipo "stencil graffiti") de Cláudio Duarte.