Um livro de memórias regado de afetos, saudades e cicatrizes. Em 16 capítulos, Dona Rosinha nos conta, sem pressa, sua trajetória de vida: a orfandade ainda na primeira infância; a miséria vivenciada, com a fome como companheira constante; o racismo sofrido na escola; e a doença que lhe tirou a qualidade de vida. O protagonismo de suas memórias é ofertado a todas as pessoas e lugares que passaram por sua vida e deram a ela as pequenas alegrias em meio às adversidades que se impuseram sobre seu caminho. Ler Memórias do meu quilombo é como conversar (com sorriso no rosto, ou lágrimas, em certos momentos) com um mais velho pelo qual temos muito respeito. A coloquialidade presente em sua escrita aproxima o leitor do texto, ao mesmo tempo que lhe desperta o desejo de ler/ouvir mais e mais capítulos da vida de Dona Rosinha. É uma leitura para quem se permite tocar pelo universo do outro; um afago dado por quem, apesar de tudo, permanece enxergando beleza na vida.