O médico cardiologista e professor Enéas Ferreira Carneiro (1938-2007) é verdadeiro exemplo de patriotismo. Cansado da situação de descalabro em que se encontrava o país em fins da década de 1980, fundou o PRONA - Partido de Reedificação da Ordem Nacional - com o fim de congregar brasileiros de bem para a grande tarefa de reedificação do Brasil. E não se fez por esperar - candidatou-se à Presidência da República em 1989. Com o seu bordão "Meu nome é Enéas", com que terminava as suas brevíssimas aparições de 15 segundos no horário eleitoral, tornou-se nacionalmente conhecido. Seria mais uma figura exótica do já exótico panorama político brasileiro? Definitivamente não. As diversas entrevistas que deu, em especial a concedida a Jô Soares, logo demonstraram o profundo conhecimento que o Dr. Enéas Carneiro possuía dos problemas brasileiros.Nas eleições presidenciais de 1994, apesar de duramente combatido pela grande mídia e ostensivamente sabotado por quase todos os grupos políticos, obteve nada menos que o 3º lugar, ficando atrás apenas de Lula e FHC, e desbancando figuras conhecidas da política brasileira, como Leonel Brizola, Orestes Quércia e Esperidião Amin.Depois das marcantes campanhas à Presidência (1998) e à Prefeitura de São Paulo (2000), Enéas Carneiro foi eleito, em 2002, deputado federal por São Paulo, logrando a maior votação da história até então para aquele cargo, com mais de 1 milhão e 500 mil votos, e consagrando-se como a grande voz nacionalista e conservadora do Brasil na política. Foi reeleito deputado federal em 2006, sendo o quarto mais votado do Estado. Faleceu em 2007, vítima de leucemia.Meu nome é Enéas - biografia escrita por Renato Velloso - vem enriquecida com apresentação do ex-Presidente da República Jair Bolsonaro e prefácio de Elimar Damasceno, grande amigo e fiel escudeiro do Dr. Enéas.