Clarice viveu no exterior durante mais de quinze anos, acompanhando o marido diplomata, enquanto suas irmãs permaneceram no Brasil. Mais do que irmãs, eram amigas inseparáveis, apoiando-se desde a ausência da mãe, que partiu prematuramente. As cartas que trocavam eram a forma de manter a conexão, em uma época sem a facilidade das comunicações modernas. Essa troca resultou em uma correspondência refletida nas 120 cartas que revelam a estreita ligação entre Clarice, Elisa e Tania.Sua correspondência também reflete um período histórico significativo, como a Segunda Guerra Mundial, quando Clarice se tornou uma testemunha dos eventos, transitando de Nápoles, marcada pelo conflito, para a calma Berna e a vibrante Washington do pós-guerra.O livro Minhas queridas, de 2007, organizado por sua biógrafa, Teresa Montero, evidenciou este lado de Clarice. Agora, neste Minhas queridas e outras cartas, conhecemos seus cuidados maternais. Como definiu a própria autora, "nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos" (Todas as crônicas, Rocco).
Avaliar produto
Preencha seus dados, avalie e clique no botão Avaliar Produto.