A linguagem não é só palavra, é também gesto, silêncio, ritmo, movimento. Uma maior atenção a estas realidades manifesta uma maior consciência na resposta e, na liturgia, uma qualidade na participação: positiva, plena, ativa e piedosa. Uma busca do invisível, do Deus silente é paulatinamente trabalhada pelo desejo do silêncio, pelo desejo da escuta, pelo desejo da intimidade mais profunda com a Sua Palavra. Na liturgia, o silêncio convida ao recolhimento e à reflexão e, nesse sentido, tem o mesmo intuito da vida contemplativa. Por isso, educar para o silêncio é abrir, progressivamente, a comunidade a um relacionamento com Deus, a uma vivência ativa, plena e piedosa da vida litúrgica pela participação interior que nos dispõe a uma verdadeira participação exterior.«Na liturgia, o silêncio leva o ser humano a um novo modo de ser (dizer, fazer, pensar, agir), faz o outro falar ou dizer-se, desvelar-se. Na liturgia, o altruísmo do silêncio vê-se quando gera relação em profundidade entreos seres viventes e falantes e o totalmente Outro»