O cristianismo de Jesus de Nazaré é tanto um processo de divinização como de humanização, numa unidade inquebrantável em qualquer dos extremos. Teresa de Jesus foi e deve continuar a ser um ponto de referência para a comunhão entre uma humana divinização e uma divinização humana. Ao longo destas páginas, cheias de mística e realismo, descobrimos algo mais importante e transcendental: o epistolário teresiano é também uma chave hermenêutica imprescindível à hora de completar o amplo leque da sua personalidade, de aplicar a sua doutrina a casos e pessoas concretas que iam ao seu encontro e de - quase nos atrevemos a dizer - pôr sobre a mesa a versão mais espontânea e incontaminada da sua herança em plena efervescência carismática.