Por que cantamos o que cantamos?A música cantada pela igreja não é apenas reflexo de sua fé - ela também a forma. Mais do que preencher espaços entre orações e sermões, o canto congregacional tem o poder de consolidar doutrinas centrais da vida cristã. Foi assim nos primeiros séculos, quando os hinos bíblicos ensinavam, com simplicidade e profundidade, quem era Cristo e o que ele havia feito.Mariane Godoi, no livro "Música e Igreja", relembra que a música na adoração cristã nunca foi mero acessório. Ela era - e deve continuar sendo - ferramenta de ensino, confissão e comunhão. Quando deixamos que a indústria dite os critérios, em vez das Escrituras, colocamos em risco a integridade do culto. O problema não está no estilo, mas na falta de discernimento bíblico sobre o que se canta e por que se canta.Ministros de louvor não são apenas músicos - são mordomos da fé cantada. O que colocamos na boca da igreja molda aquilo que ela crê. Por isso, é urgente pensar música com temor e reverência, buscando canções que formem, edifiquem e glorifiquem a Cristo - no som, na letra e no espírito.