O nosso tradicional "patrimonialismo" não é, por si mesmo, crime. Trata-se de um modelo histórico-sociológico estudado por eminentes pensadores brasileiros, na esteira dos ensinamentos de Max Weber.Entretanto, constrói um ambiente político onde grassam, com mais facilidade, a corrupção e os abusos que permitem a disseminação de atividades criminosas. Entre estas, destaca-se como a mais deletéria e violenta o tráfico de drogas ilícitas, com seus corolários igualmente graves lastreados no podereconômico e na violência.Ricardo Vélez Rodriguez conhece o tema em profundidade, através da sua experiência latino-americana e dos seus estudos no Brasil. Alterna, neste volume, análises de cunho predominantemente teórico com o registro de fatos edados que expõem um cenário complexo e digno das maiores preocupações, num país onde há tenazes e bem situados defensores das prerrogativas da impunidade.Sobre o autor:O Prof. Ricardo Vélez Rodríguez possui graduação em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana (1964), graduação em Teologia - Seminário Conciliar de Bogotá (1967), mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1974), doutorado em Filosofia pela Universidade Gama Filho (1982). Realizou pesquisa de pós-doutorado no Centre de Recherches Politiques Raymond Aron - Paris (1994-1996), sob a orientação de Françoise Mélonio. Atualmente é conferencista e membro do conselho consultivo da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa), professor associado da Universidade Federal de Juiz de Fora e professor emérito da ECEME.É professor-colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da UFJF. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia, atuando principalmente nos seguintes temas: pensamento brasileiro, filosofia brasileira, filosofias nacionais, liberalismo e moral social. Pertence à Academia Brasileira de Filosofia, ao Instituto Brasileiro de Filosofia, ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ao PEN Clube, ao Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio e ao Instituto de Filosofia Luso-Brasileira (Lisboa). Criou na UFJF, em 2005, o Centro de Pesquisas Estratégicas "Paulino Soares de Sousa", do qual é coordenador. Na mesmaUniversidade é também coordenador do Núcleo de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos, do Núcleo Tocqueville-Aron de Estudos sobre as Democracias Contemporâneas, do Núcleo de Estudos sobre Madame de Staël e o Romantismo e do Núcleo de Cosmologia e Filo