Estes onze padres, que aqui expõem a sua vida e as razões que a sustentam, vão contar-nos a sua experiência, os caminhos que encetaram e prosseguiram, os passos que deram, e, sobretudo, o que os fez, ou foi fazendo, nas diferentes encruzilhadas que se lhes depararam, começar a ver a vida com olhos diferentes, com esquadrias diferentes. Será sobretudo interessante e surpreendente, de modo particular para quem tem a ideia feita de que os padres são cinzentos e monótonos, feitos de renúncias e sacrifícios vários, verificar que palpita nestes onze retratos, não apenas uma vida igual a tantas outras, mas também uma alegria nova, um amor novo, um grande abraço à vida. Sim, não são retratos de plástico, anódinos e asséticos. E sim, o que levou, ouquem levou estes onze jovens (ou nem tanto) a deixar para trás um percurso já andado e cimentado, uma carreira já perspectivada, um modo de vida já experimentado, e a abraçar livros novos, páginas novas, portas novas, todas ainda por abrir e percorrer? Vê-se bem que não foi por desgosto ou desamor, mas por um amor maior, por mais amor.