O conceito de Novo Cinema Latino-Americano surge no final dos anos 1960 para descrever os vínculos entre as experiências de renovação cinematográfica empreendidas por diversos cineastas, produtores e instituições culturais, como uma contribuição à revolução social e política reivindicada, naquele mesmo período, por diferentes movimentos de libertação latino-americanos.Defendido por alguns realizadores e críticos, fortemente contestado por outros, o que se sabe hoje sobre a rede transnacional que deu origem ao Novo Cinema Latino-Americano? Esse livro analisa as razões pelas quais diversos cineastas, críticos e produtores latino-americanos da época passaram a apoiar esse projeto cinematográfico em escala continental, apesar das profundas diferenças entre as tentativas de renovação dos cinemas em seus respectivos países.As conexões estabelecidas entre os realizadores e as instituições cinematográficas, os diálogos estéticos, a circulação de objetos culturais e suas apropriações estão no centro da reflexão dessa obra. A partir dos casos do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficas, da Escola Documental de Santa Fé, da Chile Films, de Glauber Rocha e do grupo Cine Liberación, o autor analisa os debates, as mediações, as transferências e os intercâmbios promovidos pelo Novo Cinema Latino-Americano.