O livro aborda um tema atual, relevante e com importante contribuição aos estudos dos processos comunicacionais e de midiatização, sobretudo nas relações entre Comunicação, Ciência e Meio ambiente. Sua temática toca em aspectos sensíveis da tessiturasocial contemporânea, como mudança na paisagem midiática, novos paradigmas na relação entre humanos e "não humanos", mudança climática, sobrevivência dos povos indígenas, desmatamento, entre outros. Sua pertinência e solidez teórica ampara-se na Ecologia da Comunicação com seus atravessamentos digitais, tornando possível analisar a Terra Indígena demarcada ao ser digitalizada e transmutada em código binário. A autora Clarissa Rayol adentra nas arquiteturas interativas digitais, redes e conexõesdo aplicativo. O livro, oriundo da pesquisa agraciada com o Prêmio Compós de Teses e Dissertações Eduardo Peñuela 2022, traduz um processo mais amplo, há muito tempo silenciado pela história, de "grito de socorro" daqueles que tiveram suas vozes limitadas pelo ocidente: povos indígenas, florestas, animais, rios e todos os componentes ecoam suas vozes digitalmente. "O estudo e a escrita impressionam e inspiram não apenas pela qualidade teórica e clareza narrativa, mas porque, no caminho imersivoque a autora trilha para compreender e nos revelar a experiência conectiva de territórios indígenas digitalizados, revelam-se cenas e possibilidades de uma realidade para além da desesperança dualista." Rosane Steinbrenner (PPGCOM-UFPA) . "O livro nos convida a compreender a digitalização das terras indígenas sob as lentes da ecologia da comunicação, debatendo a relação entre mudanças climáticas e povos indígenas. Aborda a imersão nas arquiteturas interativas digitais e os processos autônomos experenciados pelo povo M?bêngôkre M?tyktire (Kayapó), destacando-se por seu pioneirismo e tornando-se referência para a área." Elaide Martins (PPGCOM-UFPA)