Na caatinga, um cangaceiro. Na floresta de bambu, um samurai. À espera, à espreita, entocados. À primeira vista, tão distantes um do outro. Tanto quanto as suas terras estão. O cangaceiro pisca, pesca. Acorda assustado. Sem rifle nas mãos, apenas com uma catana afiada quase tocando a ponta do nariz. Como o sol sai das nuvens, o samurai sai das sombras. Confuso, não se mexe muito. Desconhece geografia tão estranha que de repente surgiu ao seu redor. Agora os dois sob o mesmo sol do sertão. O cangaceiro e o samurai. Uma prosa poética que aproxima duas importantes figuras da cultura brasileira e da japonesa.