Somos uma alma perdida em um cosmos metafísico? Ou um acidente da matéria, como pensava Empédocles? Parece que quando a matéria atinge grande complexidade, uma significativa quantidade de informação se atualiza. Essa matéria não é a matéria da física clássica - algo inexpressivo que apenas tem massa -; primordialmente é matéria-prima: informação (atualizo aqui os pré-socráticos). McCulloch propôs que neurônios dialogam entre si na linguagem da lógica proposicional e com isso processam informação. A mente seria uma imanência dessa conversação; e o conhecimento, o resultado. Eis a nova fé da sociedade pós-industrial. Junto a Pitts, McCulloch formulou a teoria lógica das redes neurais, e inadvertidamente impulsionaram o desenvolvimento da teoria dos autômatos e sua consequência, a ciência da computação. A lógica matemática tornou-se máquina e esta a nova epistemologia. Então o muro que separava espírito e matéria ruiu definitivamente. A história desse conhecimento e suas bases teóricas e metodológicas estão descritas neste livro.