Fazia-os de invento e por encomenda, para fregueses indecisos e fregueses minuciosos. Já tinha coroado reis, pintado Jolly Roger nos chapéus de terríveis corsários, desenhado o chapéu de coco mais famoso da história da arte. História de um chapeleiro e dos chapéus que cria com distinção, merecendo a admiração e fidelidade dos clientes. Acontece porém que o chapeleiro se confronta com uma incapacidade: nunca conseguira fazer um chapéu que se perdesse ou voasse com o vento. Aquilo que se revela aos olhos dos clientes como uma mais-valia pela sua funcionalidade, representa um handicap para o chapeleiro.