A nova edição de um clássico contemporâneo, que se mostra atual como nunca O mundo vem passando por uma série de transformações cada vez mais vertiginosas e relevantes. Potências hegemônicas como os Estados Unidos têm de lidar, cada vez mais, com limitações em sua atuação, e as grandes companhias agora enfrentam a crescente ameaça dos pequenos empreendimentos. O poder, na política, nos negócios e até mesmo nos campos de batalha, está se tornando mais fragmentado e mais difícil de ser mantido. Ao longo de O fim do poder, livro fundamental de nosso tempo que ganha agora uma nova edição, o escritor venezuelano Moisés Naím discute as mudanças pelas quais o mundo vem passando desde meados do século XX e procura explicar por que o poder é hoje tão frágil e transitório,, examinando o papel das novas tecnologias e identificando as forças que estão por trás dessas transformações. Como toda obra de análise política e institucional numa era vertiginosamente veloz, O fim do poder, lançado originalmente em 2013, corria o risco de ser ultrapassado pelos fatos e pelas mudanças que o próprio autor discute em suas páginas. Tal risco não se aplica a um livro como este e a um autor como Moisés Naím. Não só suas análises permanecem mais atuais do que nunca como provavelmente continuarão assim por muito tempo. Falar em "fim do poder" está longe de significar a identificação do fim do Estado, das grandes empresas, das igrejas ou, no limite, do fim das elites. À sua maneira, cada um continua de pé. Seu argumento central é que hoje é mais fácil obter e perder poder, e é também mais difícil usá-lo. O poder, da forma como o conhecíamos, está se esfarelando - mesmo mais fácil de ser conquistado, tornou-se mais frágil, mais fraco, mais transitório, mais restrito. O escudo que protege os poderosos agora é menos eficiente, algo real nos negócios, nas questões militares, na política, na religião, no sindicalismo, na mídia. Como o próprio autor escreve no prefácio, seu propósito é examinar "esse processo de degradação do poder - suas causas, manifestações e consequências - a partir do ponto de vista dos seus efeitos não só para a pequena minoria que mais tem e que mais manda. Meu interesse principal é explicar o que significam essas tendências para todos nós e esquadrinhar de que maneira o mundo em que vivemos está sendo reconfigurado." O fim do poder é uma obra que pode hoje, sem medo de exagero, ser chamado de clássico. "Em O fim do poder, Moisés Naím pinta um cenário que serve como ad