Sob os galhos da castanheira... Está aqui desenhada a passagem do tempo, como tatuada não só no corpo, mas também na alma dos que por aquela porteira passaram. Estão aqui as mais belas formas de amar e de sofrer por amar. Há, no ato de se entregar à luta, a dádiva de nunca reclamar do tempo. Quando a neve pintava a estrada de branco, era apenas para semear no coração daquelas mulheres a esperança. E, quando o verão fazia saltar aos olhos a cor vermelha da terra, era como se aquela vermelhidão fosse para aquecer os braços, o colo daquelas mulheres, para aqueles que deles precisassem. Pelos cheiros e pelas cores de cada estação, elas eram coroadas, embelezadas, fortificadas para as suas lutas, até que a porteira não se abrisse mais para elas. Então, em um lugar ali mesmo, sob os galhos da castanheira, elas poderiam descansar.