Estar diante de um texto de Fernando Sabino é um sortilégio. Quando esse texto vem ainda espelhado em reproduções de obras de Carlos Scliar, o leitor jovem é então convidado a partilhar de um sortilégio duplo: o da literatura e o da pintura, ambas do maior quilate. Na história de Pedro, contada por Fernando Sabino (o escritor), está espelhada a história de Carlos Scliar (o pintor), e nas imagens, selecionadas e dispostas estrategicamente no livro, está um mundo de sentimentos e emoções do próprio escritor. No ponto central desses dois espelhos, um de frente para o outro, está o leitor - que, para qualquer dos dois que olhe, verá um túnel que segue para o infinito.