O silêncio das cinzas é um ensaio filosófico de Francisco Razzo que reflete sobre a liberdade em tempos de desencanto político e cultural. Em linguagem direta, ora irônica, ora confessional, o autor percorre os escombros das ideologias modernas, denunciando promessas de salvação histórica, moralismos de ocasião e a lógica do espetáculo. Entre a crônica e o ensaio, Razzo analisa os limites da política, os riscos do secularismo e a fragilidade das utopias, aproximando-se de pensadores como Simone Weil e Albert Camus. O livro rejeita a ilusão de respostas fáceis: não há consolo, apenas perguntas. A liberdade que resta, após a queima dos ídolos, é silenciosa, interior, resistente - uma forma de vida que recusa a histeria e preserva o pensamento. É uma obra para quem desconfia das grandes causas e busca cultivar, ainda, a coragem da reflexão sem espetáculo.