Este ensaio fotográfico foi pensado para contribuir não só com a preservação da memória do filósofo, mas também com a ilustração do seu pensamento, do modo como ele viveu e amou as suas circunstâncias.As fotos foram feitas entre 2015 e 2021, com filme cromo e digital.Quando chegamos à casa de Olavo de Carvalho, na Virgínia, no dia 2 junho de 2015, já conhecíamos a importância singular do filósofo e sua obra. O nosso objetivo era registrar da melhor forma possível o seu trabalho filosófico, tendo em vista que um dia ele não estaria mais entre nós. Naquele primeiro contato pessoal já estava colocado o tema último do filme O Jardim das Aflições: o filósofo em face da morte.Ao longo de toda a minha vida, nunca tive a impressão de que os mortos estivessem ausentes. Eles não estão fisicamente presentes, mas. eu sempre penso assim: depois que um sujeito morreu, ele não deixou de ser o que ele era; ele é aquele mesmo, continua sendo e será eternamente.Mas o que aconteceu não "desacontece".A morte na verdade só potencializa o seu legado. Agora já não é possível prendê-lo, calá-lo, destruir seus meios de sustento. Suas obras podem ser lidas e relidas quantas vezes se quiser; seus cursos podem ser vistos e revistos, e assim Olavo de Carvalho estará sempre conosco.