Por terem sido escritos num grego despretensioso, sem vestígio da solenidade verbal dos grandes autores helénicos da Antiguidade, é provável que estes quatro textos nem merecessem ao leitor culto da época o alto estatuto de literatura. No entanto, eles conquistaram o mundo antigo, tanto grego como romano, sendo a base do cristianismo e da biografia de Jesus. Lendo-os dois mil anos depois, não é difícil perceber porquê. São textos que - com a sua mensagem sublime veiculada por palavras cuja beleza desarmante ainda deixa arrepiado quem os leu e releu ao longo de uma vida inteira - estão simplesmente numa categoria à parte, próxima da literatura.